A DANÇA INFERNAL

Milhões de bonequinhos Nahman a dançar dentro de mim
Eles batem, eles pulam, eles correm, eles gritam.

- Meu cérebro é lugar de brincadeiras!

Estão sempre inquietos
Atraindo-me a atenção;
Se peço que parem, sosseguem,
É em vão.
Em paz eles dizem
Tu não ficas, não
Seu grande bobão
Seu cara de chão
Tu não ficas não.

- Eles se divertem comigo!

Mas...tudo parou?!
Será que eles voltam?
Penso que não.

E agora Nahman?
E os bonecos Nahman?
Sem eles, Nahman
Quem és tu, Nahman?

Mas, um aparece.
Aqui estou, diz rindo
Procuro alcança-lo
Mas onde o bandido?
Já outro me chama
E outro me espeta
Cutucam de um lado
Nahman eles berram.
Direita, atrás,
Esquerda, à frente,
Nahman, Nahman,
De todos os lados
Milhões de bonecos
Picando, batendo,
Cantando, pulando,
Aqui estamos, aqui estamos
 - ME DEIXEM DE VEZ.
De vez, repetem
De vez, gargalham
E chamam meu nome
E dão cambalhotas
Não o deixaremos
Não o deixaremos

Milhões de Nahmans a berrar
Milhões de Nahmans a dançar infatigáveis
                     A Dança Infernal.

                                         Nahman Armony       






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