Galo cantando
Angústia da madrugada
Tonitruante canhão
Esfera túrgida
Rolando no espaço
Cabeceando, cabeceando
A procura do Nada
Em Algum Lugar
Onde não se acha
A História.
Tonitruante canhão
Cantando vitória
Galo capão
Respeito à senhora
Recados que vêm
Recados que vão
Discretos conluios
Se fazem e são,
Acordos, discordos
Convênios, concordos
Por conta do Dão
Mais alto que as nuvens
E abaixo do chão
Lá dentro bem fundo
E acima do mundo
Juntando os pedaços
Já vai
Já vai
Vitória!!
Soam os sinos
Espocam foguetes
Ilumina-se a noite
Repete-se o silêncio
Mas cheio de graça
A vida não anda
Mas a menina passa
Balançando cadências.
Cadeira de balanço
Buscando o espaço.
Nahman Armony
Nahman, que belo poema!
ResponderExcluirQue sabedoria, neste: Repete-se o silêncio/Mas cheio de graça/A vida não anda/ Mas a menina passa...
Que mensagem consoladora e esperançosa para tempos em que a História parece deixar o humano sem Lugar Nenhum.
Obrigada por teu poema, Edelyn
É tão animador encontrar em você uma pessoa que sente e compreende minha poesia... Obrigado Edelyn.
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