Havia pavor nos seus olhos
Olhei no fundo de seu pavor
E juntos
Enfrentamos o Inominável.
Havia Morte em meu corpo
E em minha alma
Mas não em meus olhos.
A súplica dos olhos de minha filha
Varreu de meu ser a angústia do Além
E me tornou Puro, Forte,
Uma Rocha,
A olhá-la com a força dos Deuses Benfazejos.
Nem eu mais a olhava
Nem ela a mim.
Nossos olhares eram uma só Intensidade
Lutando contra o Horror.
Quatro olhos-infinitos
Formando um infinito arco
Intransponível.
O choro era um grito de Vitória
O grito, uma Sinfonia Guerreira
A dor, um Amuleto, ancorado
Nas cem correntes entrelaçadas
Protegendo a Vida
a Alma
O Amor.
A paz no fundo dos olhos
Os olhos no fundo da paz
O fundo na paz dos olhos
Os olhos nos olhos
A olhar
A trançar
Retraçando
Caminhos.
Nahman Armony
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