QUEM TEM MEDO DO SALTO MORTAL?

QUEM TEM MEDO DO SALTO MORTAL? - SOBRE AMPARO E DESAMPARO

                                  (do livro "O Homem Transicional")                               


         A palavra desamparo forma-se, em diversas línguas,  a partir da palavra amparo, nela colocando-se um prefixo ou um sufixo. Isto nos leva a hipotetizar que no pensamento humano, pelo menos no momento inaugural das línguas em questão, o amparo antecede o desamparo. Isto é claro para os idiomas português, inglês e alemão. Em inglês a palavra “helplessness” forma-se por agregação de um sufixo de negação à palavra “help”. Em alemão amparar e amparo é “hilfe” e desamparado é a negação de hilfe - “hilflos”. Hilflos é um adjetivo. Mas em alemão temos também o substantivo “desamparo”, “schutzlosigkeit” cujo positivo é o substantivo “schutz”, amparo. Podemos, pois, conjecturar que no momento da formação dessas línguas o amparo antecede o desamparo.
         A vivência contemporânea inverte esses sentimentos, percebendo o desamparo como originário e dele derivando, secundariamente, o amparo. Se, por um passe de magia, a língua fosse inventada neste momento, a negação estaria referida ao desamparo para significar amparo e não o contrário. Em um rápido “flash”, focalmente limitado, podemos pensar que a velocidade das transformações culturais dificultam o homem contemporâneo de sentir que está assentado sobre um solo firme, sustentador, amparador. Voltando à aurora das linguagens poderíamos pensar que o desejo de amparo fosse tão grande que mesmo diante das condições existenciais de desamparo, o núcleo ficou sendo o amparo. Ou, hipótese que prefiro, podemos pensar que, no início das linguas, embora as condições de existência material fossem mais difíceis, a organização social e familiar, e, quem sabe, o atendimento materno, proporcionavam uma segurança suficiente para fazer do amparo uma raíz, mesmo diante das condições inóspitas e adversas de uma natureza ainda não suficientemente trabalhada pela humanidade. Regina Navarro Lins no seu esforço para encontrar uma genealogia referente ao masculino/feminino pesquisou as populações paleolíticas e neolíticas. O resultado desta pesquisa encontra-se na primeira parte de seu livro “A cama na varanda”. Diz ela: “A Deusa-Mãe reinou absoluta por todo o mundo desde o fim do período paleolítico até o início da idade do bronze”(pag.20, Editora Rocco).  “O neolítico foi um grande período pacífico”(p.20) onde “o Universo era uma mãe generosa. A deusa o governa proporcionando bem-estar a seu povo”(p.21). Um tal contexto ao ser passado para a linguagem colocaria naturalmente o amparo como primário e o desamparo como secundário. Por maiores que fossem os desconfortos e os perigos, lá estava a mãe generosa abrigando os homens em seu colo amplo e protetor. O amparo advinha da Deusa-Mãe, da Mãe-Terra. Essas culturas matricentradas ao serem substituídas por sistemas patriarcais, sofreram modificações, introduzindo-se, no âmago da civilização, a rivalidade, a belicosidade, a impiedade, a competição, a crueldade. Desaparecia o amparo primordial proporcionado pela Mãe-terra. O ser humano, agora destinado ao desamparo, sujeito às ameaças da subjetividade patriarcal, apelou para o amparo de um Deus-Pai, justo, severo e vingativo. Enquanto reinava a Deusa-Mãe, o nascimento e crescimento do ser humano dava-se em uma situação de amparo primordial, o que se modificou quando o amparo deslocou-se da Deusa-Mãe para o Deus-Pai, quando então tornou-se posterior ao desamparo, produzindo-se um amparo que não mais se apoiava na incondicionalidade da Mãe, mas sim na condicionalidade do Pai. Estas considerações não propriamente históricas, porém genealógicas, permitem puxar um filete hermenêutico e heurístico introdutório a um pensamento psicanalítico que se seguirá.
         Em psicanálise, é possível extrair da atividade teórica e clínica dos diversos autores, dois modos que em sua abrangência, indicam duas posições: uma dominada pela idéia de que o homem em sua origem e em sua vivência posterior tem no desamparo a sua pedra de toque e o seu busílis. Estamos aqui na presença do Deus-Pai. Outra, filiada à idéia da Deusa-Mãe, tendo o amparo como precursor do desamparo. Escolhi para representante do primeira posição a magnífica figura de Freud, e para a segunda a corajosa presença de Ferenczi.
         Freud fala-nos de dois tipos de experiência de desprazer: o desprazer do acúmulo gradativo de tensão e o súbito desprazer da dor. Em ambas as situações a criatura humana pode viver uma situação de desamparo. Citando Freud: “Quer o ego esteja sofrendo de uma dor que não pára ou experimentando um acúmulo de necessidades instintuais que não podem obter satisfação, a situação econômica é a mesma, e o desamparo motor do ego encontra expressão no desamparo psíquico”(“Observações suplementares sobre a ansiedade” em “Inibições, sintomas e angústia”, p.193, Vol. XXII, Edição Standard de 1976.) Na teoria freudiana, a experiência  de satisfação tem como antecedente um “acúmulo de necessidades instintuais” provocadora de desamparo. A primeira experiência teórica de satisfação, a mamada no seio, vem precedida de um desconforto, um desprazer, um desamparo. Ferenczi, ao deslocar a experiência de satisfação para a vivência do feto no útero, faz do prazer, do conforto, do amparo, uma experiência primordial, inaugural. “Se tentarmos uma identificação com o recém-nascido não apenas no plano afetivo (como as pessoas que cuidam dele) mas também no plano do pensamento, devemos admitir que os gritos de aflição e de agitação da criança constituem uma reação e má adaptação à perturbação desagradável que bruscamente interveio, pelo nascimento, na situação de satisfação de que ela até ali gozava. A partir das reflexões expostas por Freud na parte geral de sua Interpretação dos Sonhos, podemos supor que a primeira consequência desta perturbação foi o reinvestimento alucinatório do estado perdido de satisfação: a calma existência e tranquilidade do corpo materno. O primeiro desejo da criança só pode ser o de se ver de novo naquela situação”( “Escritos Psicanalíticos” de Sàndor Ferenczi (1909-1933), artigo “O desenvolvimento do sentido de realidade e seus estádios”, p.78, Editora Taurus). Ferenczi desloca a experiência de satisfação para uma época anterior à amamentação e faz da experiência de satisfação a primeira experiência do ser humano. No seu livro “Thalassa, ensaio sobre a teoria da genitalidade” na pag. 280 (III vol. de suas “Obras Completas”, Editora Martins Fontes) este pensamento torna-se ainda mais claro: “À medida que aprofundamos o estudo do desenrolar do coito, torna-se evidente que não se trata apenas de um processo impregnado de prazer (a representação da bem-aventurada situação intra-uterina), mas também da repetição de experiências desagradáveis (provavelmente a primeira experiência de angústia, a do nascimento). É mais provável ainda que esses afetos e emoções não se manifestem  desordenadamente, mas, pelo contrário, segundo uma sucessão historicamente determinada”. Freud, portanto, inicia sua teorização da experiência de satisfação, não com a satisfação ela própria, mas com o desprazer que levará à busca da satisfação. Isto o diferencia de Ferenczi que, ao deslocar a experiência de satisfação para a vida intra-uterina, torna-a anterior ao desprazer. Poderemos dizer que na teoria ferencziana o amparo antecede o desamparo enquanto em Freud o desamparo antecede o amparo.
         Desta posição metapsicológica/filosófica derivamos clínicas diferenciadas entre si. Assim, por exemplo Freud e Ferenczi diferem diante do cliente potencial; enquanto Ferenczi se dispõe a ajudar e tratar toda e qualquer pessoa que o procure, não importando a sua patologia, Freud coloca restrições das quais a mais conhecida e transgredida é a impossibilidade de se tratar psicanaliticamente as neuroses narcísicas. A atitude mais humana e ousada de Ferenczi traz como corolário uma coragem maior de experimentação, com seus inevitáveis fracassos, mas com seus amplificadores êxitos.
         Uma outra diferença, nós a encontramos naquilo que pode-se chamar de posição contra-transferencial. O analista que se confinar na subjetividade patriarcal apontará para o terceiro, para o corte, para a diferenciação, criando obstáculos para a experienciação da simbiose, da ilusão, da onipotência primitiva pela díada terapêutica. O Pai Simbólico ao cortar uma relação dual simbiótica de modo súbito e violento poderá traumatizar mesmo uma evolução Mãe-Filho que tenha cumprido um percurso satisfatório; a entrada de um falo cortante será ainda mais traumatizante se for prematuro, isto é, se o tempo necessário para uma evolução satisfatória da relação dual simbiótica não tiver sido cumprido; a entrada do terceiro tenderá a se fazer de uma forma traumática, predispondo a criança para a agressividade, rivalidade, violência.
         No seu exagero, a subjetividade-Mãe poderá obter o efeito contrário: enclausurar o ser humano na relação dual, na esfera de influência da Mãe, dificultando ou impedindo sua atuação no social. No entanto, é possível, na vertente mãe, viver-se inicialmente uma simbiose onipotente, base necessária para a estruturação do psiquismo, e realizar, pouco a pouco, empáticas, afetivas e suaves separações e diferenciações, preparando a criança para uma forma não violenta, não súbita, não traumática de entrada na situação triangular (função-Pai). Neste ponto Kohut pode nos ajudar a pensar um Édipo e um superego não traumáticos, um Édipo e um superego pertencentes à linhagem de antecedência do amparo sobre o desamparo. No artigo “Formas e transformações do narcisismo” do livro “Self e Narcisismo” (Zahar Editores) escreve o seguinte: “Durante o período pré-edipico ocorrem normalmente uma perda gradual da imago parental idealizada e um concomitante acréscimo da estrutura reguladora de instintos do ego, enquanto que a perda maciça durante o período edípico contribui para a formação do superego”(p. 12). Este gradativo “acréscimo da estrutura reguladora de instintos do ego” é uma espécie de pré-superego adquirido nas relações duais, uma espécie de quase-superego, um precursor que se mantém em atividade mesmo após a instalação do superego. A questão metapsicológica que poderíamos espculativamente levantar é: este “quase-superego ou pré-superego” é absorvido pelo superego de instalação maciça ou se mantém como uma sub-estrutura individualizada dentro do superego? Tanto em um caso quanto no outro está-se no terreno da primazia do superego de instalação maciça. É justamente esta primazia que Kohut põe em dúvida no seu livro “La restauración de sí-mismo”( Paidós Editora): “Se tomamos em conta que nem sequer se pode entrar de maneira genuína na situação edípica sem a presença de um self previamente consolidado, torna-se óbvio que o período edípico presta-se mais a ser um campo de cultivo de conflitos neuróticos paralizantes do que um foco central para sérios transtornos do self”(p.168). E mais adiante: “A psicologia do self limita-se a acrescentar uma nova dimensão à nossa compreensão das experiências do menino edípico porque nos permite tomar em conta o apoio, ou a falta de apoio, dos self-objetos durante esta etapa? Ou não seria o caso de se pensar que as conceitualizações da psicologia do self lançam dúvidas sobre a correção essencial das próprias reconstruções edípicas? (...) Não teríamos considerado os desejos e ansiedades dramáticos do menino edípico como fatos normais quando, na realidade, são as reações do menino frente à falta de empatia dos self-objetos que constituem  o seu meio na fase edípica?”(p. 172). Refazendo as perguntas kohutianas dentro de nosso tema: não seria mais conveniente para nossa terapia psicanalítca pôr-se na perspectiva da antecedência do amparo? Não poderíamos pensar o desamparo que provém da “falta de empatia” como uma das manifestações da subjetividade patriarcal, e o amparo advindo da “empatia”, como função materno-filial primitiva que se mantém?
         A palavra amparo, em princípio pressupõe dois seres: o amparado e o que ampara. No entanto Ferenczi fala de um amparo ainda fetal, onde o próprio feto não sabe da existência de uma outra pessoa. Amparo aí confunde-se com segurança, conforto, bem estar. O conceito de amparo estende-se para um eu que não se sabe em relação com o outro. Para Winnicott, a mãe pode estar presente ou como um objeto de instinto (relações de id) ou como uma ambiência silenciosa: é esta função-ambiente que permite à criança “estar só em presença da mãe”. A mãe-ambiente, quando suficientemente boa, é confortadora, proporcionando um sentimento de segurança e tranquilidade que pode ser chamado de amparo. A criança vivencia a mãe, portanto, não só como objeto mas também como ambiência. Quando esses dois modos de presentação da mãe se internalizam, o psiquismo se apropria, se apossa, por um lado, de um objeto que poderá variar do benigno ao maligno, e, por outro lado de um solo que será a sua mátria daí para a frente, a sua sustentação de ser humano, o chão que o apoia e no qual se moverá. Pois bem, neste solo não só temos corolas, pétalas e árvores acolhedoras, mas também ervas daninhas, plantas venenosas, arbustos espinhentos, árvores secas. O que quero dizer é que a relação  mãe-filho, ao mesmo tempo em que fornece amparo, provoca sensações e sentimentos tanto agradáveis quanto desagradáveis, tanto alentadores quanto deletérios. O solo no qual o ser humano se ampara está impregnado de valores, de ideologia, de mitologia fantasmática e familial. Se, por exemplo, a mãe é muito exigente com a criança, ou se a desvaloriza, ou se aponta a criança como má, ou ainda, se a chantageia dizendo, por exemplo, que ela não é uma criança boa já que faz a mãe sofrer, etc., o amparo dado por este chão primitivo vem acompanhado de parasitas perturbadores, parasitas estes que acompanharão o ser humano através de sua vida. Daí a dificuldade que um adulto tem de, na análise, libertar-se de sintomas e de certas formas de sentir e de ser, como por exemplo, libertar-se de uma compulsão, libertar-se da desvalorização, libertar-se da culpa, libertar-se do ódio,etc. pois estes sintomas impregnam o solo-Mãe amparador e a libertação significaria perder a Mãe, o amparo, o solo primordial no qual desde sempre a pessoa se apoiou. Um exemplo disto pode ser encontrado no trabalho de Margaret Little “Um testemunho - em análise com Winnicott” tradução de Eva Nick do francês(xérox). Na pag. 25 Margaret Little faz um balanço de seu tratamento com Winnicott: “ Quanto a mim, conservo, bem entendido, a minha ambivalência e a minha angústia, porque análise nenhuma permite se desfazer delas ou nunca é suficientemente completa para isso. Há sempre uma parte minha que sente raiva, uma raiva inevitável (e preciosa) com relação aos seus erros ou às coisas que ele deixou de lado ou não compreendeu, mas que eram necessárias para que eu pudesse crescer e amadurecer; a perfeição não teria servido para nada. (Ele não podia me dar tudo o que o bebê em mim queria). O sentimento que prevalece é o de uma gratidão profunda e durável para com Winnicott, que me deu...”, etc. O que quero assinalar é que sua ambivalência (razoável) e sua raiva (excessiva) pelos incidentes ocorridos durante a análise não desaparecem. Algo da antiga relação materna se conserva, um algo que está expresso numa raiva obsoleta, ilegítima, por se ater a incidentes já ocorridos e já desaparecidos no passado; incidentes que poderiam ter-se dissolvidos no êxito obtido pela psicanálise. Ela parece ter de guardar restos do território materno na sua relação com Winnicott. Ela faz exigências inconscientes de perfeição a Winnicott como  aquela que, na pag. 20 apresentou em relação à mãe: “Segundo conta minha mãe, eu me agarrava a ela noite e dia e não a largava um segundo. O que Winnicott compreendeu foi que ‘ela não queria deixar você morrer’ - o que era verdade (e eu o compreendi mais tarde). Agora eu digo que ‘ela não queria me deixar escolher entre viver ou morrer’. Era necessário que eu vivesse, por ela”. A citação contém elementos incomodativos, falaciosos. Quem está agarrada à mãe é Little mas o que ela apresenta é a mãe querendo-a viva. É óbvio que sim; caso contrário não deixaria que a filha se agarrasse a ela. Essa estranha e desnecessária mudança de ênfase é usada por Little para transformar o positivo (dedicação e desejo de que ela vivesse) em negativo (“minha mãe não me deixava escolher”). Faz parte do território da mãe, do chão que a mãe lhe forneceu, do amparo, a raiva da mãe que tem de ser mantida, assim como tem de ser mantida a raiva por Winnicott. Ela não escapa do amparo da mãe, impregnado de raiva, perfeição, erro. Ela tem dificuldade de perfazer sua mudança para um outro solo, um outro amparo, um amparo que não precisaria estar impregnado de raiva.
         O sentimento de amparo, embora ligado à segurança e confiança básicas pode delas ser distinguido  como vivência essencial que de alguma maneira as precede. Usando uma linguagem que por ser chula é extremamente evocativa direi que “o buraco é mais embaixo”. Uma mãe que teve dificuldade de se relacionar com o seu filho de maneira a nele desenvolver uma segurança e confiança básicas, será ainda assim mantida como chão amparador. Trata-se de um solo/amparo em estado de terremoto, mas sendo o único conhecido pela criança, é o único possível, e é neste que ela tem de viver em época de alta porosidade. É um solo que não dá segurança mas que ampara. Talvez a metáfora mais expressiva desta idéia seja a de uma região de terremotos frequentes. A terra que treme, que provoca insegurança e inconfiabilidade, é a mesma que ampara, é a terra natal de seus habitantes. Se conseguirmos distinguir amparo de segurança, com mais facilidade perceberemos a diferença entre amparo e confiança. Existem pessoas que se amparam em uma mãe não-confiável, fazendo com que o estabelecimento de relações interpessoais torne-se problemático.
         Podemos pensar que as dificuldades que o analista encontra no trato com os dinamismos primários está não apenas no próprio dinamismo tal como ele se apresenta nos seus labirintos e círculos repetitivos e viciosos, mas também no medo de sair de um amparo para cair no desamparo, no vazio, um medo que subjaz aos dinamismos e aos sintomas e que exige do analista uma outra atenção. A compulsão à repetição e a reação terapêutica negativa podem, em parte, estar referidos a esse medo de abandonar a terra materna. Para que a pessoa possa renunciar ao único solo/amparo que conhece é preciso que regrida aos primórdios, que se abra ao analista como um bebê se abria à mãe e que sentindo o analista como também um solo primevo, um amparo primordial, arrisque-se a dar um salto mortal; pular de um solo convulsivo, para um solo mais estável; de um amparo inseguro e pouco confiável, para um amparo mais seguro e confiável. O analista se acrescentaria a tarefa de trabalhar essa passagem, esse salto por cima do abismo, esse medo de cair no vazio - o medo do desamparo absoluto.


                                                               Nahman Armony

                                                                           12/5/98

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