NA BORDA
(em
quatro movimentos)
I
Cosmopolita
Nos ventos
lúdicos do Aterro do Flamengo
Afino a
mente, respiro o mundo
Banho-me no
horizonte, esplendor fecundo
II
Ao longe
Ao longe
Um
barco a vela
Um
latido de cachorro
Uma
casinha de favela
Ao
longe
O
Paraíso
III
Marginando
Traçamos
as bordas do Paraíso
Não
as ultrapasso
Para
não perdê-lo
IV
Césio
87
Amplos
espaços do Aterro do Flamengo
Coração
aberto desdobrado tapete
Verde Verde
Vêde
A
paisagem cambiante das folhas
O
comentário alado dos pássaros
O
mar em brilhos de sinfonia
O
ousado arrepio de uma lufada mais fria
E
a tristeza da Terra empurrada pelos homens
Para
o esplendhorror do césio
Nahman Armony
Nenhum comentário:
Postar um comentário