A terceira dimensão
Há que encontrar em si mesmo.
Desfazer o emaranhado
Inverter os beijos
Recolher as garras
E encontrar, passo a passo, o caroço desnudo da individualidade.
Urrar de dor
Refazer a espinha dorsal
Com as suas pontas penetrando a carne
Desacostumada à solidão.
Perseguir o próprio fio
Enroscar-se como um caracol
Enrodilhar-se em volutas concêntricas
E buscar, no fundo do labirinto
A Mãe
O Amigo, o Amante
O Filho, o Companheiro.
Unir-se a eles
E depois crescer.
Esticar-se todo
Até atingir a dimensãoda tragédia.
Descoberta a solidão
Inventar o moto-contínuo
Fingir
De nada precisar
Acreditar no fingimento
Torná-lo real
Imagem holográfica
Transpassada de dor
E liberdade.
Nahman Armony
Nenhum comentário:
Postar um comentário