As nuvens do tempo desfazem traços do rosto
Tão conhecido e amado.
Carnes amolentadas pendem perfil.
Meu olhar de memória reencontra indícios
Rastros de antigo esplendor
Linhas firmes
Marcas d'água resistindo às liquescência.
Gengivas mastigam boca
Ruminam morte e vida.
De tudo resta uma memória depurada
Uma tristeza
Uma beleza perdida, lembrada
Renovada por outros rosto de mesmo destino.
Nahman Armony
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