Tenho medo de chegar ao meu fundo
E encontrar alguma coisa muito definitiva
Que me levará a fazer não sei o quê
Ou me enlouquecerá.
Até meus sonhos se detêm
Diante da porta-revelação.
Estou amarrado pela minha miséria
Pela minha covardia.
Estou proibido de entrar no paraíso
Saborear os seus frutos
Repousar à sombra de sua árvores tranquilas.
Estou destinado a caminhar incessantemente
Nas meias alegrias
Nos meios cansaços
Nos meios tons de meu purgatório.
Meu mergulho
Não atinge o meu fundo
E nunca sou purificado
Pela chama sagrada.
Nahman Armony
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